quinta-feira, 29 de maio de 2014

Reino Animalia - Filo Poríferos


Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias.







Talvez você goste de se ensaboar usando uma esponja sintética ou uma bucha vegetal quando banha...

   Mas você já pensou em tomar banho ensaboando-se com o esqueleto de algum animal?

Esponja sintética
Bucha vegetal
Antes da invenção das esponjas sintéticas, as esponjas naturais eram muito usadas pelas pessoas para tomar banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e copos, por exemplo. A esponja natural é o esqueleto macio de certas espécies de animais do filo dos poríferos; esses esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina.



Características:
  • Esses animais não possuem tecidos bem definidos;
  • Não apresentam órgãos e nem sistemas;
  • São exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem algumas espécies dulcícolas;
  • Os poríferos adultos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem formar colônias de coloração variadas;
  • Podem ser encontrados desde as regiões mais rasas das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros;
  • Alimentam-se de restos orgânicos ou de microorganismos que capturam filtrando a água que penetra em seu corpo;
  • Digestão exclusivamente intracelular dependentes da filtração;
  • São seres ablásticos (sem folhetos embrionários) e parazoários (logo, são simples);
  • Por sua vez, servem de alimento para algumas espécies de animais, como certos moluscos, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas;


Organização do corpo dos poríferos


O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador').

Observe no esquema abaixo que a água penetra no corpo do animal através dos vários poros existentes em seu corpo. Ela alcança então uma cavidade central denominada átrio. Observe também que a parede do corpo é revestida externamente por células achatadas que formam a epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos.

Cada coanócito possui um longo flagelo. O batimento dos flagelos promove um contínuo fluxo de água do ambiente para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos orgânicos e microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então distribuído para as demais células do animal pelos amebócitos. Como a digestão ocorre no interior de células, diz-se que os poríferos apresentam digestão intracelular.

Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.


O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.


Principais tipos celulares das esponjas

Coanócitos: produzem a circulação da água no interior da esponja, além de filtrar a água e fagocitar as partículas alimentares nela presentes. Têm alguma participação também em processos de reprodução sexuada.

Amebócitos: distribuem partículas alimentares provenientes dos coanócitos para outras células da esponja, inclusive executando parcialmente a digestão de tais partículas. Podem também sofrer diferenciação e originar outras células, bem como elementos do esqueleto.

Pinacócitos: células achatadas e bem unidas que revestem a esponja.

Porócitos: células que possuem um canal que atravessa o citoplasma de lado a lado, formando poros por onde a água penetra no animal.

Esclerócitos: células muito móveis que secretam as espículas.

Espongiócitos: células que secretam as fibras de espongina.

Abra a imagem
Tipos de estruturas corpóreas
Asconoide ou Áscon - É o mais simples. A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem diretamente na espongiocela.

Siconoide ou Sícon - A parede do corpo é formada por projeções em forma de dedos. Possuem dois tipos de canais: os inalantes e o radiais, os quais são revestidos pelos coanócitos. A água penetra pelas camadas radias.

Leuconoide ou Lêucon - A parede do corpo é mais espessa e percorrida por um complicado sistema de canais (que parecem labirintos).


Reprodução

Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas.


Gemulação - Certas esponjas de água doce formam estruturas denominadas gêmulas. Estas consistem de um pequeno "pacote" de amebócitos, abrigados em um envoltório resistente que contém espículas.

As gêmulas são capazes de resistir à falta de água durante uma estação seca prolongada, em que o lago ou rio onde a esponja vive seca por completo, até que retornem as condições de umidade favoráveis, quando os amebócitos se libertam do envoltório e originam uma nova esponja.

Fragmentação ou Regeneração - Quando as esponjas são "esmagadas" de tal maneira que  cada um dos fragmentos pode originar uma nova esponja ou eles se unem formando apenas um novo porífero.
O ciclo B demonstra uma fragmentação. A- Brotamento e C reprodução sexuada
Sexuada - Neste caso, quando os espermatozoides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova esponja.

Romério Filho
Fontes:

terça-feira, 27 de maio de 2014

DOENÇAS OCASIONADAS NO TECIDO SANGUÍNEO

Anemia ferropriva, ferropênica ou sideropênica é o tipo de anemia responde por cerca de 90% dos casos de anemia diagnosticados e é causada pela deficiência de ferro. O ferro é um dos principais constituintes da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. Neste tipo de anemia a ingestão de ferro está menor que o mínimo necessário para as atividades do organismo que precisam de ferro. A forma de estoque é a ferritina ou hemossiderina. Nos indivíduos de sexo masculino normais existem de 600 a 1200 mg de estoque e nas mulheres 10 a 400 mg. Em valor total o ferro nos homens é de cerca de 4 g e nas mulheres 2,5 g.

Causas

Existem muitas possíveis causas :

Sinais e sintomas

É caracterizada por :
  • Fadiga extrema
  • Fraqueza
  • Falta de ar
  • Dor no peito
  • Infecções freqüentes
  • Dor de cabeça
  • Tonturas ou vertigens
Fonte: Wikipedia;  

Anemia perniciosa é uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que é fundamental para absorção da vitamina B12. A anemia perniciosa pode resultar de fatores hereditários. Anemia perniciosa congênita é herdada como um distúrbio autossômico recessivo. É um tipo de anemia que origina má absorção de vitamina B12 devido a falta de fator intrínseco nas secreções gástricas, geralmente causada por atrofia gástrica com destruição das células parietais que são responsáveis pela secreção de ácido clorídrico e do fator intrínseco. Comum em pós-operatório de cirurgia bariátricagastrite autoimune e em pacientes com úlcera péptica extensa.
deficiência de vitamina B12 causa anemia megaloblástica, mas somente quando há má absorção devido a falta de fator intrínseco esta anemia é chamada de anemia perniciosa. É um dos fatores relacionados que favorece o desenvolvimento de carcinoma gástrico.

Causas

Existem diversas possíveis causas :

Sinais e sintomas

Os pacientes com anemia perniciosa podem apresentar :
Fonte:Wikipedia;  

Anemia hemolítica é uma anemia devido à hemólise, a quebra anormal de hemácias nos vasos sanguíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do corpo (extravascular). Ela possui diversas causas, podendo ser inofensiva ou até mesmo ameaçar a vida. A classificação geral da anemia hemolítica é a de sua origem se é adquirida ou idiopática. O tratamento depende da causa e natureza da quebras das hemácias.
A Anemia Hemolítica pode ser congênita ou adquirida.
Congênita
  • Anormalidades da membrana
  • Hemoglobinopatias
  • Deficiência enzimática
Adquirida
  • Induzida por anticorpos (auto-imune)
  • Reação transfusional
  • Fragmentação mecânica
Sintomas da anemia hemolítica
Os sintomas da anemia hemolítica são:
Fraqueza; Sensação de desmaio; Palidez; Falta de apetite; Tontura; Cansaço; Sono; Indisposição; Dor de cabeça; Unhas fracas; Pele seca; Queda de cabelo; Falta de ar; Palidez nas mucosas dos olhos e boca; Falhas na memória e Dificuldades na concentração.
   

Talassemia é uma doença hereditária autossômica recessiva caracterizada por redução da taxa de síntese de uma das cadeias deglobina que formam a hemoglobina resultando em sintomas de anemia.

Causas: 

Na talassemia, a redução da síntese de uma das cadeias de globina pode causar a má-formação de moléculas de hemoglobina. A talassemia é um problema quantitativo de globinas pouco sintetizadas, enquanto que a anemia falciforme é um problema qualitativo na síntese e de um funcionamento incorreto da globina.1
Hemoglobinopatias implicam alterações estruturais das próprias globinas. As duas condições podem sobrepor-se, no entanto, desde que algumas doenças que causam alterações na hemoglobina (doenças conhecidas também como hemoglobinopatias) também afetem a sua produção (talassemia). Assim, algumas talassemias são hemoglobinopatias, mas a maioria não o é. Uma destas condições (ou ambas) pode causar anemia.

 

Anemia Aplástica ou Aplásica ocorre quando a medula óssea produz em quantidade insuficiente os três diferentes tipos de elementos figurados do sangue existentes: glóbulos vermelhosglóbulos brancos e plaquetas. O termo Anemia pode ser reservado apenas para a deficiência de glóbulos vermelhos, enquanto que a diminuição de leucócitos seria chamada de leucopenia e a diminuição de plaquetas de trombocitopenia. A diminuição das três linhagens celulares pode ser chamada de aplasia de medula.

Causas

Uma das causas pode ser de ordem auto-imune; em determinadas situações não se determina a causa. Já em outras ao se questionar o paciente averigua-se o uso anterior de algumas drogas tais como cloranfenicol ( 1 em 40.000 pacientes que usam esta medicação desenvolve anemia aplástica), carbamazepinafenitoínaquininobenzeno; Aradiação também pode estar envolvida: acredita-se que Marie Curie tenha vindo a falecer em função disso; Pode-se ter ainda como gênese desta anemia, infecção por vírus, exemplo de 2% de pacientes com hepatite aguda viral podem cursar com aplasia de medula.

Sinais e sintomas: 

Portadores desta patologia podem ter sangramentos pela trombocitopenia,sejam micro sangramentos na forma de hematomas na pele ou sangramentos profusos; anemiatambém pode acontecer e graves infecções, podendo chegar a quadro de septicemia.

Anemia falciforme (do latim falci-, foice e -forme, formato de) ou drepanocitose é uma doença hereditária caracterizada pela mal formação das hemácias, que assume forma semelhante a foices, causando deficiência no transporte de oxigênio e gás carbônico nos indivíduos acometidos pela doença. É mais comum na África, na Europa mediterrânea, no Oriente Médio e na Índia.
A expectativa de vida é encurtada em média aos 42-45 anos.

Causa

A presença da anemia falciforme, é determinada por uma quantidade elevada de hemácias deformadas. Em indivíduos normais, as células de transporte de gases, hemácias (também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos), têm forma arredondada côncava e flexível, e possuem em si moléculas de hemoglobina,que são responsáveis por fazer as ligações gasosas. Essa constituição permite que essas células consigam executar sua função mesmo através dos mais finos capilares.

Sinais e sintomas:

Há a presença de alguns dos sintomas clássicos da anemia, causados pela falta e ineficiência de hemácias como:

Lly Oliver :)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sistema imunológico humano

Os linfócitos atuam diretamente no combate a agentes invasores e células anormais no organismo 
Os linfócitos atuam diretamente no combate a agentes invasores e células anormais no organismo

sistema imunológico humano (ou sistema imune, ou ainda imunitário) consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica, denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antígenos.
Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou alergias.
A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado de resposta imune.
As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais, os linfócitos e os macrófagos. Veja abaixo as células principais desse sistema e as principais funções de cada uma delas:

Macrófagos – são importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos conjuntivos e no sangue (quando são chamados de monócitos) e, no sistema imune, possui a função de detectar e fagocitar (processo que engloba e digere substâncias no organismo) microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos. Essas células são as primeiras a perceber a presença de agentes invasores.

Linfócitos essas células, presentes no sangue, são um tipo de leucócito (glóbulo branco) e podem ser de três tipos principais:

Linfócitos B – a principal função desse tipo celular é a produção de anticorpos, quando maduros e ativos. Nesta fase são denominados plasmócitos.

Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas pelos macrófagos, são estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os linfócitos T matadores (CD8) e os linfócitos B. São os linfócitos auxiliadores os responsáveis por comandar a defesa do organismo.

Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem responsáveis pela destruição de células anormais, infectadas ou estranhas ao organismo.
sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos, os órgãos imunitários primários e os órgãos imunitários secundários. Os primeiros são assim denominados por serem os principais locais de formação e amadurecimento dos linfócitos. Já os segundos, são secundários por atuarem no sistema imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos. Veja quais são os órgãos que compõem esses dois grupos:

Órgãos imunitários primários
Medula óssea – além da produção de células sanguíneas e plaquetas, a medula produz linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos linfócitos B.
Timo – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros.

Órgãos imunitários secundários
Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada, permitindo que partículas invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali presentes.
Tonsilas – possuem função semelhante aos linfonodos. Estão localizadas na parte posterior da boca e acima da garganta.
Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias estranhas e resíduos celulares, além de produzir linfócitos.
Adenoides – constituem de uma massa de tecidos linfoides protetores localizados no fundo da cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus causadores de doenças transmitidas pelo ar.
Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do intestino grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos invasores são combatidos.

Sistema imunológico em ação
Um agente invasor, ao entrar no organismo, gera um mecanismo de defesa, a resposta imune. As substâncias invasoras são detectadas pelos macrófagos, que irão atuar em sua digestão parcial e na comunicação aos demais componentes do sistema imune da invasão sofrida, para que essas substâncias sejam totalmente destruídas e eliminadas. Após a atuação dos macrófagos, os linfócitos T auxiliadores entram em ação, ligando-se aos antígenos invasores. Este processo estimula a produção, pelos leucócitos, de compostos denominados interleucinas, que atuarão na ativação e estímulo para a produção de mais linfócitos T auxiliadores. Estes novos linfócitos intensificarão o combate aos antígenos e liberarão outros tipos de interleucinas, que estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B. Depois de estimulados, estes linfócitos se multiplicam até que os antígenos sejam desativados e eliminados.
Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, estes são um tipo de linfócito especial, denominados de células de memória. Estas guardam durante anos, ou pelo resto da vida, a capacidade de reconhecer agentes infecciosos com os quais o organismo já se deparou. Havendo um novo ataque por agentes conhecidos, as células de memória são estimuladas a se reproduzir, dando início ao processo de defesa do organismo, em um curto intervalo de tempo.

Postado por: Lucas Cardoso

fonte:
http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-imunologico-humano.htm