Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias.
Talvez você goste de se ensaboar usando uma esponja sintética ou uma bucha vegetal quando banha...
Mas você já pensou em tomar banho ensaboando-se com o esqueleto de algum animal?
Esponja sintética |
Bucha vegetal |
Antes da invenção das esponjas sintéticas, as esponjas naturais eram muito usadas pelas pessoas para tomar banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e copos, por exemplo. A esponja natural é o esqueleto macio de certas espécies de animais do filo dos poríferos; esses esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina.
Características:
- Esses animais não possuem tecidos bem definidos;
- Não apresentam órgãos e nem sistemas;
- São exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem algumas espécies dulcícolas;
- Os poríferos adultos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem formar colônias de coloração variadas;
- Podem ser encontrados desde as regiões mais rasas das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros;
- Alimentam-se de restos orgânicos ou de microorganismos que capturam filtrando a água que penetra em seu corpo;
- Digestão exclusivamente intracelular dependentes da filtração;
- São seres ablásticos (sem folhetos embrionários) e parazoários (logo, são simples);
- Por sua vez, servem de alimento para algumas espécies de animais, como certos moluscos, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas;
Organização do corpo dos poríferos
O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador').
Observe no esquema abaixo que a água penetra no corpo do animal através dos vários poros existentes em seu corpo. Ela alcança então uma cavidade central denominada átrio. Observe também que a parede do corpo é revestida externamente por células achatadas que formam a epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos.
Cada coanócito possui um longo flagelo. O batimento dos flagelos promove um contínuo fluxo de água do ambiente para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos orgânicos e microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então distribuído para as demais células do animal pelos amebócitos. Como a digestão ocorre no interior de células, diz-se que os poríferos apresentam digestão intracelular.
Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.
Principais tipos celulares das esponjas
Coanócitos: produzem a circulação da água no interior da esponja, além de filtrar a água e fagocitar as partículas alimentares nela presentes. Têm alguma participação também em processos de reprodução sexuada.
Amebócitos: distribuem partículas alimentares provenientes dos coanócitos para outras células da esponja, inclusive executando parcialmente a digestão de tais partículas. Podem também sofrer diferenciação e originar outras células, bem como elementos do esqueleto.
Pinacócitos: células achatadas e bem unidas que revestem a esponja.
Porócitos: células que possuem um canal que atravessa o citoplasma de lado a lado, formando poros por onde a água penetra no animal.
Esclerócitos: células muito móveis que secretam as espículas.
Espongiócitos: células que secretam as fibras de espongina.
Tipos de estruturas corpóreas
Reprodução
Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas.
Gemulação - Certas esponjas de água doce formam estruturas denominadas gêmulas. Estas consistem de um pequeno "pacote" de amebócitos, abrigados em um envoltório resistente que contém espículas.
As gêmulas são capazes de resistir à falta de água durante uma estação seca prolongada, em que o lago ou rio onde a esponja vive seca por completo, até que retornem as condições de umidade favoráveis, quando os amebócitos se libertam do envoltório e originam uma nova esponja.
Sexuada - Neste caso, quando os espermatozoides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova esponja.
Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.
Principais tipos celulares das esponjas
Coanócitos: produzem a circulação da água no interior da esponja, além de filtrar a água e fagocitar as partículas alimentares nela presentes. Têm alguma participação também em processos de reprodução sexuada.
Amebócitos: distribuem partículas alimentares provenientes dos coanócitos para outras células da esponja, inclusive executando parcialmente a digestão de tais partículas. Podem também sofrer diferenciação e originar outras células, bem como elementos do esqueleto.
Pinacócitos: células achatadas e bem unidas que revestem a esponja.
Porócitos: células que possuem um canal que atravessa o citoplasma de lado a lado, formando poros por onde a água penetra no animal.
Esclerócitos: células muito móveis que secretam as espículas.
Espongiócitos: células que secretam as fibras de espongina.
Abra a imagem |
Asconoide ou Áscon - É o mais simples. A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem diretamente na espongiocela.
Siconoide ou Sícon - A parede do corpo é formada por projeções em forma de dedos. Possuem dois tipos de canais: os inalantes e o radiais, os quais são revestidos pelos coanócitos. A água penetra pelas camadas radias.
Leuconoide ou Lêucon - A parede do corpo é mais espessa e percorrida por um complicado sistema de canais (que parecem labirintos).
Reprodução
Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas.
As gêmulas são capazes de resistir à falta de água durante uma estação seca prolongada, em que o lago ou rio onde a esponja vive seca por completo, até que retornem as condições de umidade favoráveis, quando os amebócitos se libertam do envoltório e originam uma nova esponja.
Fragmentação ou Regeneração - Quando as esponjas são "esmagadas" de tal maneira que cada um dos fragmentos pode originar uma nova esponja ou eles se unem formando apenas um novo porífero.
O ciclo B demonstra uma fragmentação. A- Brotamento e C reprodução sexuada |
Romério Filho
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário